quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Cânticos em Yorubá

Yorubá, língua dos Nagôs. Uma nação do Candomblé. Esta semana, me emocionei com uma canção em Yorubá para saudar os Orixás. O canto do Pai Heráclito de Oxum e da cantora lírica Anastácia Rodrigues. Ambas vozes, suaves e penetrantes. Parecem eternas quando cantam. Fiquei torcendo para não acabar tão logo. O Pai canta porque canta, gosta, é de Orixá. Esta voz, me emocionou numa entrevista que concedeu hoje na Unicap. Já Anastácia canta para o grupo Korim Orishá, que se apresentou na última terça-feira, no Pátio de São Pedro. O grupo foi a primeira atração da noite no pátio. Mistura a música de câmara, tipo musical composta por quatro instrumentos eruditos (violino, violão cello, flauta transversa e clarinete), e instrumentos que dão vida ao candomblé: ylú (espécie de tambor de couro), agbês (cabaça rodeada de contas) e agogôs. Sobe o comando de José Amaro, criador do projeto, o Korin já tem quase um ano de existência. Amaro é também o autor do projeto , que visa reverenciar os cânticos em yorubá para os Deuses Africanos. Próximo show do Korin Orishá, acontece no dia 28 de novembro, no Teatro Santa Isabel, as 15 horas da tarde.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Sobre o povo de Odé

Por Roberta Pena, jornalista e batuqueira assumida.

Lindo dia da Consciência Negra, ontem, dia 20 de novembro. Lindo, ficou o pátio de São Pedro, bairro de São José, Recife-Pe. Muitos grupos que representam a África no Brasil como: Afoxe Yle de Egbá, Alafim , Raizes do Alto José do Pinho... Mas faltou, o meu querido Ara Odé. Não, não é porque ele é o mais antigo ( chateada com o comentário com pontinhas de inveja antes da apresentação do Alafim "Não é o mais antigo, mas é um dos melhores"), mas o Axé que ele tem, ninguém tem. O Axé de Dona Lu, minha mainha querida, o Axé de Dona Mana, que representa a naturalidade, o vigor de Paulinho, meu mestre, e o que dizer de Raminho? Se eu falo de candomblé, tenho que falar dele. Não vejo a hora de vestir a minha roupa azul e branco, mexer meu agbê pelas ruas de Recife e Olinda, sobre o comando da coreografia que Paulinho inventou, com um leve balançar para lá e para cá. Adoro, meus queridos amigos, é o segundo carnaval que sairei tocando com esse afoxé, mas já o defendo. Lembro, este ano, estavamos em frente a prefeitura de Olinda, e Paulinho ordenou para que nós abaixassemos, coisa que eu odiava nos ensaios. Então, o público abaixou com a gente, e quando foi o momento de se levantar, bruuuuuuuuuuuuuuuuuu... Tudo vibrou. A energia era palpável e única de se sentir. Lindoooooooooo!!!!!!!!!!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Consciência Negra

O Pátio de São Pedro, comemorou hoje o Dia da Consciência Negra. O Bairro de São José vai ser palco para apresentações de artística como Lia da Itamaracá, Maracatu Cambinda do Norte e grupos de afoxés.

MESTRE SALU


MESTRE SALUSTIANO COMPLETOU NO ÚLTIMO SÁBADO, DIA 17 DE NOVEMBRO, 62 ANOS DE IDADE. EM COMEMORAÇÃO, A CASA DA RABECA, ESPAÇO CULTURAL DO PRÓPRIO, NA CIDADE TABAJARA, BAIRRO DA CIDADE DE OLINDA-PE, FICOU LOTADA DE FÃS E AMIGOS O PARABENIZANDO. NOMES CONHECIDOS DO PÚBLICO PERNAMBUCANO PARTICIPARAM DA FESTA. SILVÉRIO PESSOA, JOSILDO SÁ, NÁDIA MAIA, CRISTINA AMARAL, MARCIEL SALU ( O FILHO), ROGÉRIO RANGEL SAUDARAM O MESTRE AO SOM DE MUITO FORRO. TAMBÉM PARTICIPARÃO DO EVENTO EDY CARLOS, OS QUENTES DO FORRÓ, CAVALO MARINHO BOI MATUTO, SIMÃO DO ACORDEON, BLOCO CONGOBLOCO BATEBUM, DINDA SALU E O BALANÇO CULTURAL.

"Diga o nome desse Coco?"

"É o coco de umbigada".
No Guadalupe, bairro de Olinda, próximo ao Sítio Histório, todo primeiro sábado de cada mês, os brincantes sambam o Coco de Umbigada. Comandado por Beth de Oxum, a sambada reuni percussionistas de todo o Estado de Pernambuco, afim de engrandecer a festa. O coco de umbigada, aproximadamente com 10 anos de existência, edifica, reafirma e dar maior vizibilidade a comunidade do Guadalupe. Tudo começou numa ruazinha estreita, em um dos becos do Bairro, na Casa de Beth. A fama foi crescendo, além dos populares, turistas e artístas da cena passaram também a prestigiar a umbigada. Da ruazinha estreita, para a rua principal do bairro. O público só cresceu... E a necessidade de maior espaço também. Então, o palco para o folgueto é do lado da Igreja do Guadalupe. Os moradores não parecem se incomodar com o agito mensal, pois participam em peso. Aproveitam,inclusive, para ganhar um trocado. A noite começa no primeiro sábado de cada mês, as 23 horas, mais ou menos, mas a vez é das crianças do bairro, o Coco de Umbigadinha, formado pelos filhos de Beth e da comunidade. A casa de Beth se tornou um ponto de cultura tombado pelo Ministério de Cultura. Lá 70 jovens são atendidos e tem oportunidade de fazer cursos de cinema, dança, percussão, teatro e cultura negra.
Serviço - Como chegar na sambada:
Para quem vem de carro ou de ônibus, chegando no Sítio Histórico de Olinda, após os Quatro Cantos, a primeira rua a direita. A Rua do Amparo. No caminho, vocês vão poder observar um referêncial da Cidade, A Budega do Véio. Sempre lotada por apreciadores da boa boemia, a pequena mercearia, faz da rua uma extensão. Calma, tô só avisando para vocês diminuirem a velocidade, e apreciar mais uma beleza local. Logo na frente, vão encontrar o Largo do Amparo, com seu Clube Vassorinha, a entrada para o Bonsucesso e a Igreja do Amparo. Siga em frente. Para um pouco para observar a beleza rústica do lugar. Ai, tem duas ruazinhas, vocês entram na rua da esquerda. E seguindo em frente, chegaram lá. Eu estarei por lá.
Por Roberta Pena

Apresentação da Repórter

Olá, sou Roberta Pena. Vou me formar em jornalismo tão logo. Esse blog foi criado por conta de um trabalho da faculdade Católica. Grande Vlauuuuuu!!!!!!!!!!!!! É a primeira vez que escrevo, tava sem inspiração. Afinal, meu Blog vai falar de música Pernambucana, do circuito mais alternativo. Não podia ser diferente. Só com muita inspiração transpirando. Então, minha história se resume um pouco assim: quando criança, escrevia poesias e queria ser poetiza; da poesia, veio as composições musicas, e eu estudei música no Cemo, Conservatório de Olinda; e por fim, achei que o Clark Kant era um gato e quis fazer o mesmo que a Lois Lene. A música, a poesia e o jornalismo me formam como "pessoa humana." Atualmente, tenho uma banda com minhas amigas, As Cocadas de Sal. Esse projeto possui os três elementos que me fazem humana: música regional, poesia (clamo todas) e o trabalho de pesquisa em cima da cultura popular que revela o meu lado jornalístico. Portanto, nesse Blog, que pretendo continuar com ele, fora facul, vocês internautas, amantes da música popular pernambuca e poética, vão poder conferir agenda de shows, entrevistas com artístas da terra, as últimas novidades da cena pernambucana, a nova cena, enquetes, e outras cositas mais. O legal de escrever pra Blog é que você fica mais liberto de manuais. Eu estou adorando.

Aquele Abraço Cordial

Roberta Pena